A exibição de audiovisuais em série é comum entre vários canais: sejam eles abertos ou fechados (assinantes de antena ou usuários de internet). Seriados fazem parte do entretenimento, mas, antes de tudo, estabelecem questões identitárias com os seus espectadores. McLuhan em seu livro “Os meios de comunicação como extensão do homem” indica a idéia de que as dramatizações e os artifícios narrativos não visam apenas dar prazer ao espectador. E é a partir desse texto que alguns exemplos mais atuais serão dados.
E quem seriam tais espectadores? Adultos, crianças ou adolescentes: todos são contemplados com uma programação adequada a sua faixa etária. Cabe ressaltar a faixa que será mais enfatizada nesse blog: os adolescentes. Para esses últimos é descortinado um mundo de possibilidades. Seriados com temáticas familiares (Gilmore girls & The middle, por exemplo) ou mitológicas (Supernatural & True blood). Outros que mostram ficcionalmente a realidade acadêmica e social de adolescentes estadunidenses privilegiados financeiramente (The o.c. & Gossip girl). Até série voltada para adolescente inserida no drama da gravidez precoce faz parte do “menu” (The secret life of the american teenager). Praticamente tudo é possível enquanto há diferentes gostos para atender (bem como dinheiro na mão dos produtores). Os consumidores, ainda segundo a lógica de McLuhan, usam tais personalizações para conferir mais sentido as suas vidas. Por questão de identificação com entraves abordados, realidade social ou apreço pelas mitologias e demais assuntos acerca do sobrenatural. Envolvidos na trama que mais lhes agradam os adolescentes, consumidores desses seriados, experimentam/visualizam também conteúdos extras da programação: carros, roupas, sapatos, roteiros turísticos, literatura, música e todo tipo de acréscimo, muitas vezes publicitários. Movimentam a economia graças ao consumo estimulado por muitos desses seriados vistos em momentos de entretenimento.
A emoção começa apenas com alguns simples cliques.
A. Moreno
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