segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mitos? Ídolos? E quanto a retribalização?

Difícil (pra não dizer impraticável) ser adolescente sem adotar modelos. Faz parte da adolescência o espelhamento pessoal em ídolos, o desenvolvimento de elos com os mesmos.
Estilo do vestuário, modo de agir, influências musicais, modificações de todo tipo: internas e externas. Alterações corporais como inclusão de piercings e tatuagens, por exemplo, são elementos usados na construção de identidades. Em tribos antigas da Índia o costume da modificação corporal existia por tradição. Hoje, porém indivíduos em sociedades sob modelos diferentes de transmissão de cultura também adotam pinturas corporais e brincos perfurados no corpo. Baseados em modelos familiares, ídolos musicais, artistas de cinema/novela/teatro e até sob influência da literatura preferida os adolescentes escolhem diversos adereços para estabelecer sua personalidade, expressar idéias e/ou conferir forma palpável as suas emoções e pensamentos.
É uma trajetória particular. O conhecimento adquirido individualmente (além do auto-conhecimento) é que confere ao adolescente condições para definição de sua identidade cultural. Seja essa última influenciada por um meio frio, como um livro, ou um meio quente como o cinema. Afinal de contas, é possível que o processo conhecido por McLuhan como "Retribalização" ocorra entre adolescentes não apenas pelo envolvimento com o mundo artístico do cinema/teatro/novela/música, mas também com a leitura. Os livros que exibiriam os relatos culturais de outras civilizações e povos (como as tradições oriundas da Índia e seus hábitos sociais). Diferenças e semelhanças se estabelecem entre cada indivíduo que faz suas escolhas a depender do meio usado por esse consumidor e a mensagem inerente ao(s) meio(s) preferido(s).


A. Moreno

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