Com o objetivo de ampliar a capacidade crítica e reflexiva dos alunos, e com isso promover um intercâmbio entre a academia e a comunidade, a Faculdade Social promoveu entre os dias 25 a 28 de maio a nona edição da Semana Acadêmica, a qual contou com uma programação recheada de palestras, mini cursos, debates e mesas redondas. A Semana Acadêmica é um evento técnico-científico que conta com a participação de cerca de 3.000 alunos no intuito de ampliar a troca de conhecimentos, sendo considerada atualmente o maior evento científico da faculdade. Recomendada para alunos do curso de Psicologia e Jornalismo, a palestra sobre Intolerância aconteceu na unidade sede da Faculdade Social e teve como convidados o psicólogo Gilmario Nogueira e a deputada federal Alice Portugal.
A coordenadora do curso de Jornalismo, Jussara Maia, deu início à palestra ressaltando a importância do tema para a sociedade e apresentando aos espectadores o palestrante Gilmaro Nogueira, como psicólogo especialista em estudos culturais e coordenador de grupo de estudos de Psicologia, e a deputada Alice Portugal, como a única mulher deputada federal na câmara dos deputados.
Enquanto Gilmario Nogueira focou seu discurso na intolerância relacionada aos homossexuais, Alice Portugal priorizou pela fala sobre a intolerância com relação às mulheres. A deputada, que se diz ativista política e "observadora leiga dos fenômenos sociais", citou que, hoje, dos 513 deputados federais no Brasil, apenas 45 são do sexo feminino, o que representa menos de 10% da quantidade total de deputados. Além disso, ela também traz um dado que afirma que o Brasil está em 81 no ranking de participação da mulher na sociedade. Segundo Alice, "a ação feminina no Brasil foi retardada por uma ação feudal que nos remete aos primórdios da colonização brasileira".
A deputada diz ainda que as mulheres são maioria na população brasileira, entretanto, a média salarial feminina é 37% menor que a masculina. Historicamente, ela cita que somente a partir do século XIX a mulher entra no mercado de trabalho, de início informalmente, dando exemplo de jornalistas mulheres que tiveram que assumir pseudonimos para terem seus textos publicados. Alice Portugal se refere também ao processo ideológico cultural incrustado nas mulheres a partir dos contos infantis. Para ela, os contos, em sua grande maioria, são histórias de princesas, e o que mobiliza a sociedade é o sonho da plebeia de virar princesa, o que faz com que as mulheres "passem de geração após geração a subordinação histórica, ou seja, a dependência feminina com relação aos homens".
Como já foi visto na teoria de Mc Luhan, os contos de fadas mexem com o onírico, o mundo dos sonhos, e servem para que cada um signifique ao seu modo suas experiências de vida, dando um valor fantasioso e de distração ao seu conteúdo pessoal que já é bastante carregado.
Ticiana Fontal
segunda-feira, 30 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Misturando autores, combinando idéias, confluindo argumentos
McLuhan afirmou em seu livro "Os meios de comunicação como extensão do homem" que o meio é a mensagem por ser esse meio quem delineia (e administra) a dimensão (e estrutura) das ações e associações humanas. McLuhan ainda indica a idéia de que o efeito das tecnologias se manifesta nas relações entre os sentidos num passo firme e sem qualquer resistência. Terence McKenna, autor e pesquisador, foi ainda mais direto ao discutir sobre os efeitos da tv em um espectador assíduo. McKenna chega a afirmar em uma entrevista que a tv é uma droga. Terence vai justificar sua idéia dizendo que um espectador após poucos minutos em frente a tv já fica com olhar fixo, pressão sanguínea alterada e um tanto paralisado com o conteúdo que delineia-se a sua frente. McLuhan convida o estudante da sua teoria a pensar nos efeitos dos meios não apenas com seu livro, mas a partir do seu documentário. Em "McLuhan's wake" Luhan afirma que nossas tecnologias apresentam consequências insondáveis. McKenna, por sua vez, além de mencionar os efeitos da tv como as de uma droga ainda diz que essa mídia, quando aceita intensamente, termina por ditar e moldar o sistema de valores do espectador. Quer dizer, seja o espectador quem for: adulto ou adolescente.
O meio, a mídia, é aquilo que está guiando seu espectador, fazendo a diferença nas suas vidas. Pode-se afirmar, então, segundo as idéias de McLuhan e McKenna que um adolescente com o hábito de assistir muita televisão compromete seu sistema perceptual. Em vez de encontrar na leitura um entretenimento ou em atividades que lhe exijam o exercício do corpo e/ou intensifiquem seu raciocínio/reflexão o adolescente senta-se em frente a tv permitindo que a mídia lhe transfira seu conjunto de valores e conhecimentos. O adolescente em questão entorpece, segundo McKenna, alguns dos seus sistemas perceptuais e tem seus sentidos condicionados enquanto se mantém como espectador da programação televisiva. É uma inversão de valores: a tv toma o lugar do livro na transmissão de valores e conhecimentos; o artificial quem apresenta a natureza em vez da observação individual do próprio interessado; o racional passa a significar sequência uniforme e contínua.
Como disse E. M. Forster em 'Passagem para a Índia' para refletir o estudo das culturas orientais em assimilar/compreender os padrões racionais e visuais europeus (Ocidentais): "Em outras palavras, confundimos razão com instrução letrada e racionalismo com uma tecnologia isolada; (...) os sons não tinham eco nem o pensamento se desenvolvia. Tudo parecia cortado pela raiz e infectado de ilusão".
A. Moreno
O meio, a mídia, é aquilo que está guiando seu espectador, fazendo a diferença nas suas vidas. Pode-se afirmar, então, segundo as idéias de McLuhan e McKenna que um adolescente com o hábito de assistir muita televisão compromete seu sistema perceptual. Em vez de encontrar na leitura um entretenimento ou em atividades que lhe exijam o exercício do corpo e/ou intensifiquem seu raciocínio/reflexão o adolescente senta-se em frente a tv permitindo que a mídia lhe transfira seu conjunto de valores e conhecimentos. O adolescente em questão entorpece, segundo McKenna, alguns dos seus sistemas perceptuais e tem seus sentidos condicionados enquanto se mantém como espectador da programação televisiva. É uma inversão de valores: a tv toma o lugar do livro na transmissão de valores e conhecimentos; o artificial quem apresenta a natureza em vez da observação individual do próprio interessado; o racional passa a significar sequência uniforme e contínua.
Como disse E. M. Forster em 'Passagem para a Índia' para refletir o estudo das culturas orientais em assimilar/compreender os padrões racionais e visuais europeus (Ocidentais): "Em outras palavras, confundimos razão com instrução letrada e racionalismo com uma tecnologia isolada; (...) os sons não tinham eco nem o pensamento se desenvolvia. Tudo parecia cortado pela raiz e infectado de ilusão".
A. Moreno
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Aprofundando a teoria de McLuhan
"(...) Em nossas engenhocas tecnológicas, artíficios e assim por diante nós não achamos que é apenas uma parte de nosso organismo que foi extendida (...)".
Para os sentidos humanos são criadas e associadas várias extensões. O telefone é extensão do ouvido, por exemplo, o livro extenderia a visão bem como a roda amplia funções do pé humano. O ambiente criado pelo homem é uma segunda natureza e molda os seus padrões de percepção do mundo e de si próprio.
"Os enormes vórtices de energia criados por nossas tecnologias nos apresentam consequências insondáveis (...). Não podemos confiar em nossos instintos ou em nossas respostas físicas naturais para coisas novas. Elas vão nos destruir. Como iremos sair do turbilhão criado por nossa própria ingenuidade?".
"A nova interdependência eletrônica recria o mundo da imagem de um vilarejo global". A idéia de “Aldeia Global” compreende uma forma social propiciada pela mutação tecnológica dos meios eletrônicos na qual a imagem (e não a escrita) é a linguagem principal e universal.
Os vídeos acima correspondem a trechos de um documentário de McLuhan. Pertinentes para maior compreensão de dados do livro de McLuhan “Os meios de comunicação como extensão do homem” e também de textos com autorias distintas, os quais fazem menção a pesquisa de McLuhan em relação aos meios e suas mensagens intrínsecas.
Cabe ressaltar a importância do primeiro vídeo (do topo para base) em relação aos demais enumerados nesse mesmo post.
A. Moreno
Interpretações
"(...) A permissão de se abstrair da natureza que a tipografia criou é o porque de termos tamanha crise natural.
(...) Toda a discussão que você ouve, desde os anos 60, sobre tv, por exemplo: será que é bom, será que é ruim, terrivel, maravilhosa. A discussão sempre gira em torno do que está passando na tv e as pessoas dizem: 'bem, a televisão é terrivel, só mostra violência..' e então outra pessoa diz: 'não, a televisão é maravilhosa, aqueles programas de natureza e notícias de longe e obras-primas do cinema...'. Esse é um argumento estúpido. O que McLuhan quis dizer com 'o meio é a mensagem' é que não importa o que você põe na tv, a tv é a tv, ela tem uma natureza intrínseca. Quer você esteja passando especiais da National Geografic ou filmes slasher a tv vai fazer o que ela faz; ela tem certas qualidades, bem como dirigir um carro ou esquiar, certos músculos serão exercitados, certos sistemas perceptuais serão intensificados e outros suprimidos.
No vídeo acima o autor, pesquisador e explorador norte americano Terence McKenna dispõe explicações sobre a teoria de McLuhan 'O meio é a mensagem'. Ele divaga sobre a teoria de McLuhan contando casos pessoais, observações próprias, dados e argumentos de outras pessoas. Terence aprofunda no vídeo a reflexão sobre o tema do meio como agente. Quando o efeito do meio (nesse caso, a televisão) nas pessoas se torna mais importante do que o próprio conteúdo desse meio.
(...) Toda a discussão que você ouve, desde os anos 60, sobre tv, por exemplo: será que é bom, será que é ruim, terrivel, maravilhosa. A discussão sempre gira em torno do que está passando na tv e as pessoas dizem: 'bem, a televisão é terrivel, só mostra violência..' e então outra pessoa diz: 'não, a televisão é maravilhosa, aqueles programas de natureza e notícias de longe e obras-primas do cinema...'. Esse é um argumento estúpido. O que McLuhan quis dizer com 'o meio é a mensagem' é que não importa o que você põe na tv, a tv é a tv, ela tem uma natureza intrínseca. Quer você esteja passando especiais da National Geografic ou filmes slasher a tv vai fazer o que ela faz; ela tem certas qualidades, bem como dirigir um carro ou esquiar, certos músculos serão exercitados, certos sistemas perceptuais serão intensificados e outros suprimidos.
No vídeo acima o autor, pesquisador e explorador norte americano Terence McKenna dispõe explicações sobre a teoria de McLuhan 'O meio é a mensagem'. Ele divaga sobre a teoria de McLuhan contando casos pessoais, observações próprias, dados e argumentos de outras pessoas. Terence aprofunda no vídeo a reflexão sobre o tema do meio como agente. Quando o efeito do meio (nesse caso, a televisão) nas pessoas se torna mais importante do que o próprio conteúdo desse meio.
A. Moreno
Mitos? Ídolos? E quanto a retribalização?
Difícil (pra não dizer impraticável) ser adolescente sem adotar modelos. Faz parte da adolescência o espelhamento pessoal em ídolos, o desenvolvimento de elos com os mesmos.
Estilo do vestuário, modo de agir, influências musicais, modificações de todo tipo: internas e externas. Alterações corporais como inclusão de piercings e tatuagens, por exemplo, são elementos usados na construção de identidades. Em tribos antigas da Índia o costume da modificação corporal existia por tradição. Hoje, porém indivíduos em sociedades sob modelos diferentes de transmissão de cultura também adotam pinturas corporais e brincos perfurados no corpo. Baseados em modelos familiares, ídolos musicais, artistas de cinema/novela/teatro e até sob influência da literatura preferida os adolescentes escolhem diversos adereços para estabelecer sua personalidade, expressar idéias e/ou conferir forma palpável as suas emoções e pensamentos.
É uma trajetória particular. O conhecimento adquirido individualmente (além do auto-conhecimento) é que confere ao adolescente condições para definição de sua identidade cultural. Seja essa última influenciada por um meio frio, como um livro, ou um meio quente como o cinema. Afinal de contas, é possível que o processo conhecido por McLuhan como "Retribalização" ocorra entre adolescentes não apenas pelo envolvimento com o mundo artístico do cinema/teatro/novela/música, mas também com a leitura. Os livros que exibiriam os relatos culturais de outras civilizações e povos (como as tradições oriundas da Índia e seus hábitos sociais). Diferenças e semelhanças se estabelecem entre cada indivíduo que faz suas escolhas a depender do meio usado por esse consumidor e a mensagem inerente ao(s) meio(s) preferido(s).
A. Moreno
Dialética entre meios
Uma vez incluso no universo de facilidades que a internet oferece: como renunciar? E quanto ao cinema? Ah! Um simplicidade maior que a outra quando o assunto é entretenimento. Se escolhe filme basta aconchegar-se em poltronas confortáveis e assistir. Caso prefira a internet aí então que quase tudo fica simples e acessível. Há uma infinidade de sites com conteúdos audiovisuais, jogos online e distrações afins.
A pergunta, contudo: até onde as facilidades oferecidas pela tecnologia, a alta definição dos meios chamados quentes e suas especializadas formas de diversão são positivas para a sociedade? McLuhan já especulou, discutiu e pontuou a respeito. Um produto de meio quente inserido em uma sociedade baseada em participação, expressão/indagações humanas, troca de informação através da oralidade (cultura fria) provoca conflitos.
Re-lembrando palavras de McLuhan, no que tange ao desabamento do mundo dos letrados, é possível exemplificar a crise do meio quente versus sociedade fria. A inserção de tecnologia (cinema, por exemplo) em uma sociedade fria acostumada a leitura e/ou oralidade desnorteia o povo quanto as suas tradições.
Margaret Mead explica muito bem essa questão: "Muito se lamenta o fato de a sociedade ter de mudar depressa demais para acompanhar a máquina. Há uma grande vantagem em caminhar rápido se você caminha de maneira completa, se as mudanças sociais, educacionais e de recreação estejam de passos acertados. Necessário se torna mudar toda a estrutura de uma vez e todo o grupo junto - e as próprias pessoas devem decidir-se a mudar".
Quer dizer: a tecnologia tem suas inegáveis vantagens no que tange ao avanço da ciência, melhoria nos transportes, intercâmbio de informação, ofertas diversas de entretenimento: inúmeros avanços na qualidade de vida humana. Mas depende onde essa tecnologia é implantada e como ela é inserida.
Em virtude dessa discussão é possível até especular que há diferenças entre um jovem adolescente habituado durante anos a uma sociedade que lê pra informar-se, entreter-se e modificar-se e um adolescente incluso em uma sociedade "quente" com larga oferta de produtos oriundos de meios quentes. A rotina, a saúde, a relação familiar/social, a vida acadêmica e o futuro ingresso no mercado de trabalho: muita coisa é diferente entre esses jovens quando o assunto é inclusão ou exclusão de mecanização, uniformidade e intensa especialização. Sem o mito de que são realidade quase paralelas de tão distintas cabe dizer, porém que misturar ambas as sociedades e mesclar seus hábitos pede cautela e tempo afim de não provocar os desacertos mencionados por Margaret Mead.
A. Moreno
A. Moreno
domingo, 22 de maio de 2011
Em outras palavras
"Marshall McLuhan parte de uma tese central: o meio é a mensagem. Trata-se de uma formulação excessiva pela qual o autor pretende sublinhar que o meio, geralmente pensado como simples canal de passagem do conteúdo comunicativo, mero veículo de transmissão da mensagem, é um elemento determinante da comunicação. Enquanto suporte material da comunicação, o meio tende a ser definido como transparente, inócuo, incapaz de determinar positivamente os conteúdos comunicativos que veicula. A sua única incidência no processo comunicativo seria negativa, causa possível de ruído ou obstrução na veiculação da mensagem. Pelo contrário McLuhan chama a atenção para o fato de uma mensagem proferida oralmente ou por escrito, transmitida pela rádio ou pela televisão, pôr em jogo, em cada caso, diferentes estruturas perceptivas, desencadear diferentes mecanismos de compreensão, ganhar diferentes contornos e tonalidades, em limite, adquirir diferentes significados. Por outras palavras, para McLuhan, o meio, o canal, a tecnologia em que a comunicação se estabelece, não apenas constitui a forma comunicativa, mas determina o próprio conteúdo da comunicação."
Trechos do texto da autoria de Olga Pombo.
Mais detalhes no link: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/cadernos/mcluhan/estudo_mcl_olga.pdf
A. Moreno
Trechos do texto da autoria de Olga Pombo.
Mais detalhes no link: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/cadernos/mcluhan/estudo_mcl_olga.pdf
A. Moreno
Extensões das produções audiovisuais
A exibição de audiovisuais em série é comum entre vários canais: sejam eles abertos ou fechados (assinantes de antena ou usuários de internet). Seriados fazem parte do entretenimento, mas, antes de tudo, estabelecem questões identitárias com os seus espectadores. McLuhan em seu livro “Os meios de comunicação como extensão do homem” indica a idéia de que as dramatizações e os artifícios narrativos não visam apenas dar prazer ao espectador. E é a partir desse texto que alguns exemplos mais atuais serão dados.
E quem seriam tais espectadores? Adultos, crianças ou adolescentes: todos são contemplados com uma programação adequada a sua faixa etária. Cabe ressaltar a faixa que será mais enfatizada nesse blog: os adolescentes. Para esses últimos é descortinado um mundo de possibilidades. Seriados com temáticas familiares (Gilmore girls & The middle, por exemplo) ou mitológicas (Supernatural & True blood). Outros que mostram ficcionalmente a realidade acadêmica e social de adolescentes estadunidenses privilegiados financeiramente (The o.c. & Gossip girl). Até série voltada para adolescente inserida no drama da gravidez precoce faz parte do “menu” (The secret life of the american teenager). Praticamente tudo é possível enquanto há diferentes gostos para atender (bem como dinheiro na mão dos produtores). Os consumidores, ainda segundo a lógica de McLuhan, usam tais personalizações para conferir mais sentido as suas vidas. Por questão de identificação com entraves abordados, realidade social ou apreço pelas mitologias e demais assuntos acerca do sobrenatural. Envolvidos na trama que mais lhes agradam os adolescentes, consumidores desses seriados, experimentam/visualizam também conteúdos extras da programação: carros, roupas, sapatos, roteiros turísticos, literatura, música e todo tipo de acréscimo, muitas vezes publicitários. Movimentam a economia graças ao consumo estimulado por muitos desses seriados vistos em momentos de entretenimento.
A emoção começa apenas com alguns simples cliques.
A. Moreno
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Redes sociais
Os suportes da comunicação e as tecnologias são determinantes na mensagem: os conteúdos modificam-se em função dos meios que os veiculam" (Marshall McLuhan).
segunda-feira, 16 de maio de 2011
O meio é o que fazemos dele
O que fica claro na teoria de Mc Luhan é que, para ele, o “conteúdo” não deve ser abordado isoladamente no estudo dos meios, pois o próprio meio e a sua matriz cultural na qual tal meio ou um veículo específico se insere é de igual importância para a compreensão das transformações que são promovidas nos homens através dos meios. Assim, os produtos criados pela Ciência (tecnologias, por exemplo) não são bons nem ruins: a forma como eles são utilizados é que pode ser boa ou ruim. Se quisermos direcionar um meio para algo positivo ele o será. O contrário também acontece como é o caso dos filmes violentos que influenciam crianças e as tornam mais agressivas. Ao mesmo tempo que um meio pode disseminar boas idéias e enriquecer culturalmente um indivíduo ele também pode influenciar negativamente: o meio é o que fazemos dele.
Novelas
A cultura brasileira tem como influência as novelas desde o tempo dos folhetins – histórias em capítulos publicados nos rodapés de jornais até meados do século XX. Entre seus autores figuraram nada menos do que Vitor Hugo, José de Alencar, Eça de Queiróz e Nelson Rodrigues.
Atualmente reunir-se em frente à televisão após o jantar para assistir à telenovela, mais que um hábito, tornou-se um ritual nos lares brasileiros. Cultuada, a novela dita moda, linguagem e hábitos.
As novelas que mais costumam fazer sucesso, em termos de lançar moda, são aquelas como “O Clone” que trouxe a moda de acessórios de origem árabe; “Caminho das Índias” que mostra a cultura do povo indiano com seus casamentos arranjados e seus belos figurinos, túnicas, lenços, batas com estampas diferentes, acessórios como brinco, pulseiras e colares que viraram moda por consequência da novela. Tal moda caiu no gosto popular e as mulheres adaptaram o estilo indiano figurado na televisão.
Uma expressão curiosa que surge num dado programa de televisão e passa a fazer parte da vida do telespectador é chamada de bordão e se insere na maneira de agir das pessoas. O prazer específico de usar um bordão do momento faz com que as pessoas se sintam mais familiarizadas ou identificadas com o personagem que o popularizou.
Tendo como objetivo mostrar a realidade, as novelas podem exercer influência negativa no comportamento das pessoas. A violência, por exemplo, pode ser abordada de forma inadequada: mostrada de forma “nua e crua”. Como os pais não conseguem mais controlar a demanda de informações que chegam até seus filhos, proibir a novela seria um ato insuficiente considerando que as mensagens chegariam por outros meios, de qualquer jeito.
Atualmente a novela 'Insensato Coração' é uma das responsáveis em lançar moda: com os esmaltes e, mais uma vez, na forma de se vestir dos espectadores.
Mc Luhan
Em seu livro “Os meios de comunicação como extensão do homem” (Understanding Media), Marshall Mc Luhan aborda a questão de que o meio seria a mensagem, pois ele acredita que a mensagem de um meio não é o que está sendo dito, e sim as mudanças que ele provoca no comportamento das pessoas. Para ele a verdadeira mensagem está nas transformações humanas e a tecnologia que reproduz simplesmente o que nós somos perde o sentido, pois ela precisa transformar. Os meios não se definem aos usos particulares que os homens fazem deles: eles se definem nas mudanças que eles provocam nas pessoas.
Para Mc Luhan a mensagem de um computador não é o conteúdo que você está lendo, e sim as transformações que ele promove. Assim como a televisão que provoca idéias de mudança de linguagem. Filmes influenciam o comportamento das pessoas, crianças que são expostas a filmes violentos se tornam mais violentas, ou seja, o meio é o que fazemos dele.
Robert The
Robert The é um artista e matemático americano de nome estranho que há alguns anos vem fazendo trabalhos curiosos e até mesmo bizarros com livros. Suas obras de arte estão em coleções particulares e também podem ser encontradas em diversos museus modernos.
Para conhecer um pouco mais de sua obra, clique aqui.
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